O ano termina e junto com ele a certeza de ter cumprido a tarefa, mais que difícil, de ensinar Matemática.
Além de transferir conhecimentos, cumprir o programa e aprofundar conteúdos, procuro desenvolver nos meus alunos o senso crítico para que possam avaliar as situações presentes no cotidiano e analisá-las se estão ou não corretas. Estamos ou não sendo enganados?
Alguns exemplos que foram trabalhados neste ano:
- Organizadores de eventos em São Paulo insistem em vangloriar-se de números extravagantes em manifestações religiosas, políticas e culturais. É possível caber 2,5 milhões de pessoas na Avenida Paulista? Quantas por metro quadrado?
- De onde virá o dinheiro para a aposentadoria daqui a dez anos? A população brasileira envelhece, a média de vida dos brasileiros aumenta e como garantir uma velhice segura e saudável?
- Nossa cidade está preparada para a Copa do Mundo? Transporte urbano, congestionamentos, aeroportos lotados, filas e mais filas, é possível melhorar essa situação? Necessitamos de políticos ou matemáticos? São Paulo em números é um quadro alarmante.
- Ao comprar um produto obtive 15% de desconto, resolvi então comprar outro com o mesmo desconto. No total obtive 30% de desconto?
- Andou circulando pela internet que o 13º salário nunca existiu, será verdade? Como explicar isto?
- Brasileiros se apavoram e adoecem com endividamentos. Qual a importância dos Cursos de Educação Financeira para ajudar as famílias administrarem melhor o orçamento doméstico? Saber Matemática evita doenças?
Dessa forma consigo atenção, curiosidade e discussão que acaba sendo levada para além da sala de aula. Fico feliz quando estes temas viram assunto no almoço de domingo.
Sei que fiz a diferença!
Desejo que o Senhor conceda a todos os meus alunos um futuro feliz e abençoado e que tenham na lembrança a professora que lhes ensinou uma Matemática justa e cheia de amor.
Célia