sábado, 5 de maio de 2018

Minha Concepção de Comportamento Inadequado



 Hoje voltei para casa me questionando sobre a real função do professor no desenvolvimento integral de seus alunos, entendendo “desenvolvimento integral” como um olhar sistêmico e integrado de todas as dimensões do sujeito aprendente.
Ainda cabe, em pleno século XXI, preocupar-me apenas com a transmissão de conteúdos? 
Será que a importância do processo de aprendizagem se concentra na máxima: “estímulo X resposta”?  
Será que não está caindo por água abaixo o modelo educacional em que o professor transmite e o aluno devolve em instrumentos avaliativos o que foi capaz de absorver, ou quem sabe memorizar dos monólogos de seus professores?
Já está mais do que debatido que, preocupar-se com educação integral é desenvolver nos alunos competências e habilidades para o engajamento social em nossa sociedade. Isso inclui o desenvolvimento de postura, de compromisso, de responsabilidade, de capacidade de auto gerência de potencialidades, respeito às regras sociais de boa convivência e educação.
Mais do que alunos reprodutores, “papagaios de blá, blá, blá livrescos”; quero alunos compromissados, respeitosos e que aprendam a escutar e argumentar. São esses os indivíduos que estarão nos representando no futuro.
Trabalho em uma Instituição confessional tradicional, que se diferencia pelo desenvolvimento de valores humanos cristãos. Vivo em meu cotidiano esses valores e, por essa razão, compactuo com a missão desse colégio.
Dito isso, quero registrar meu espanto em ser questionada inúmeras vezes sobre o que é considerado atitude inadequada de um aluno durante uma palestra.
Algumas perguntas me inquietam, questões que ultrapassam os muros da escola:
ü  É postura adequada um deputado dormir durante uma sessão?
ü  É postura adequada políticos trocarem figurinhas de álbum da copa do mundo enquanto o destino de nossa nação está em pauta?
ü  É postura adequada desprezar figuras de autoridades (hierarquia e não autoritarismo) e fazer com que as leis dancem conforme a minha vontade?
ü  É postura adequada manipular pessoas para conseguir adeptos que corroborem que fui vítima das leis sociais?
Pois é isso que estamos assistindo em nosso país nos últimos tempos. Alguns como expectadores passivos, do tipo “que horror, ainda bem que não tenho responsabilidade direta com isso”.
Como educadora tenho tudo a ver com essa situação. Não quero ser cúmplice na formação de alunos omissos, irresponsáveis e mimados.
Sim, eles têm direitos de expressão, de argumentação;
Sim, eles estão na idade do confronto;
Sim, são imediatistas e querem suas vontades atendidas no mesmo instante.
Mas, principalmente:
SIM, eles precisam ter adultos que os ensinem que o mundo não é assim;
SIM, precisam aprender a respeitar para serem respeitados;
SIM, precisam reconhecer que as regras existem para preservar uma convivência social justa.
Portanto, na minha concepção de educação, é postura inadequada:
ü  Dormir durante um momento de formação – seja ele qual for – missas, palestras, aulas...;
ü  Desrespeitar colegas com brincadeiras inoportunas;
ü  Omitir-se e achar graça diante de situações que atrapalham a aula;
ü  Vitimar-se ao ser advertido, mesmo sabendo que existem fatos que comprovam sua conduta errada;
ü  Descarregar sua insatisfação, esmurrando paredes, frente a advertência oral da autoridade máxima da instituição;
ü  Desprezar o investimento financeiro de seus pais para oferecer-lhe uma educação de qualidade.

Finalizo afirmando que nosso maior desafio é promover uma educação que vai além dos conteúdos básicos exigidos nos documentos oficiais. Nosso maior desafio é ensinar nossos jovens a conviver como cidadãos de bem, promotores de uma sociedade mais justa.
Pelas razões descritas, qualquer aluno que não apresentar uma conduta de estudante fundamentada nos princípios que norteiam a tradição dessa instituição, receberão, da minha parte a formação que lhes faltam, pois está mais do que provado que inteligência e potencial acadêmico bem desenvolvido com atitudes antiéticas e desrespeitosas são um verdadeiro perigo para a humanidade.


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Suíça possui um dos melhores sistemas educacionais do mundo sendo uma escolha ideal para intercâmbi

Hoje abro parênteses para um artigo da minha prima Eliane Honorato, jornalista, da qual tenho muito orgulho.
Espero que vocês aprendam um pouco mais sobre a Suíça, como também aprendi com este texto.


Suíça possui um dos melhores sistemas educacionais do mundo sendo uma escolha ideal para intercâmbio



A vivência internacional e com diferentes culturas é um aprendizado que proporciona maturidade, independência, contato com a peculiaridade do país escolhido, aprimoramento de outro idioma, novas amizades, entre outras experiências enriquecedoras.
A Suíça é uma das melhores opções para quem deseja conhecer um país com alta qualidade de vida. Entre suas maravilhas incluem muitas montanhas a transformando em um lugar lindo para explorar a natureza. Localizada na Europa Central, a Suíça faz fronteira com a Alemanha ao norte, França a Oeste, Itália ao Sul e Áustria a Leste.
Possui o meio de transporte mais eficaz e seguro do mundo, sendo exemplo de alto investimento em tecnologia. Na exportação, é famosa por produzir e distribuir os deliciosos chocolates e queijos. O país centraliza sua potência econômica principalmente na cidade de Zurique e Genebra.
Com um pouco mais de 8 milhões de habitantes, é composta por 26 Estados chamados de cantões e sua capital é Berna. Mesmo sendo um país pequeno, a Suíça possui 4 idiomas oficiais: alemão, francês, italiano e romanche.
O sistema de ensino suíço está entre os melhores do mundo. O país oferece várias universidades e centros tecnológicos. Uma excelente opção para quem deseja ampliar seu conhecimento e adquirir novas experiências com os melhores métodos de ensino.
O Colégio Surval Montreux, localizado em um ambiente com vista espetacular da natureza, é exclusivo para meninas de 13 a 19 anos. Vindas de vários países, elas recebem, além do programa de ensino convencional, aulas de culinária, passeios turísticos, festividades internas elaboradas por elas, praticam esportes no gelo, programas de verão, aprendem condutas éticas que as transformam em cidadãs melhores na sociedade, recebem aula de etiqueta, contato com outras culturas e desenvolvem habilidades como empreendedorismo gerando aptidões de liderança.
A embaixadora brasileira e ex-aluna do Colégio Surval Montreux, Silvia Neser, explica o valor que o intercâmbio agregou para ela, uma aprendizagem enriquecedora que faz a diferença até os dias de hoje. “A experiência de ter ficado 1 ano nessa escola realmente abriu os meus horizontes. Foi assim que dei início aos meus estudos na Alemanha. E, por uma questão de família e cultura, eu nunca me desvinculei da escola e do país onde ela se localiza e, assim sendo, as relações foram ficando cada vez mais fortes e, por isso, a escola me convidou para ser embaixadora dela aqui no Brasil”, explica.






Hoje, Silvia Neser é responsável por auxiliar estudantes brasileiras que desejam realizar intercâmbio na escola orientando no processo burocrático e auxiliando com as futuras experiências que terão no Brasil até a chegada na Suíça, rumo ao Colégio Surval Montreux.Atualmente colaboro com o corpo docente relacionado ao programa Liberal Arts além de, no Brasil me dedicar ao apoio e aconselhamento total no preparo para a estada fora do Brasil”, relata.

Colégio Surval Montreux



Embaixadora Silvia Neser

Paisagem ao redor do Colégio Surval Montreux



Colégio Surval Montreux





Uma das partes do Colégio Surval Montreux

Silvia e Alvaro que foi motorista do ônibus no colégio há 30 anos atrás e trabalha até hoje na escola





segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Embaralhando os jogos

Truco!!!!
Paciência!
Estou num Buraco sem Tranca.
Solitário!
Blefando!
Pagando Mico!
Apostando no Cassino da vida.
Vitórias e derrotas!
Roubando o Monte de esperança
No Jogo do Burro que sempre fica
Com uma Carta na mão.


domingo, 29 de janeiro de 2017

A rosa que ela plantou

Quando tudo parecia nublado
O passado cada vez mais distante
Eis que surge entre as nuvens
O clarão de um raio de sol
Que ilumina o canteiro
Na única rosa que ela plantou

A rosa vermelha, talvez amarela
Que foi esquecida naquele dia que ela partiu

A brisa que sopra do Leste para o Oeste
Refresca a lembrança do dia que ela partiu

No tijuco encantado
O assobio da melodia afinada
Toca a sua música preferida

A tristeza deu lugar a saudade
A saudade se enfraqueceu no tempo
O tempo persiste no amadurecimento
O amadurecimento nos leva a Deus
E Deus é o raio de sol
Que ilumina a rosa esquecida no canteiro

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Aula de Matemática com Ana Maria Braga


Encontrei no programa Mais Você, com a apresentadora Ana Maria Braga, uma maneira muito interessante de começar o ano letivo de 2014.

Os alunos do 9º ano e do 1º Médio assistiram o vídeo (http://globotv.globo.com/rede-globo/mais-voce/v/economista-ensina-a-calcular-margem-de-lucro-para-negocio-informal/2660716/ ) e constataram as dificuldades que a maioria das pessoas têm para efetuarem cálculos simples como o preço de venda de um docinho.
O economista convidado para auxiliar nos cálculos comete um "engano" quando utiliza o valor/hora da bibliotecária como custo da mão de obra no cálculo do beijinho. Confiram no vídeo clicando no link acima.
Eu os provoquei para que descobrissem o que estava errado. Os alunos interagiram e um deles observou: "Se fosse assim e os meus pais fizessem os docinhos juntos e vendessem separados, o beijinho do meu pai sairia bem mais caro do que o da minha mãe. Ô coitada!"
Um outro argumentou: " Quanto custaria um brigadeiro feito pelo Ronaldinho?"
Enganos à parte, o programa foi muito bom e a apresentadora com seus comentários pertinentes conseguiu levar para nossas casas, e no meu caso para a escola, uma aula de Matemática agradável que deve ter ajudado muito desde o louro José até profissionais graduados como a bibliotecária convidada.
O "engano" do economista é corrigido no segundo exemplo e também no final do programa.



domingo, 5 de janeiro de 2014

Quem teve a ideia de cortar o tempo

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.
Carlos Drummond de AndradeÉ com este pensamento poético de Carlos Drummond que quero iniciar este ano de 2014.Que esta nova fatia venha recheada de muita alegria, novos sorrisos, muita paz, saúde e amor.É o que desejo de coração a todos os meus familiares, amigos e alunos.

2014!  RUMO A FELICIDADE!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Amor de mãe infinitivo

Vi meu filho
nascer,
chorar,
sorrir,
crescer,
engatinhar,
falar,
cantar,
mentir,
ler,
escrever,
sonhar,
estudar,
lutar,
trabalhar,
voar,
amar,
namorar,
casar...
Vejo meu filho
 sorrir,
trabalhar,
vencer,
comprar,
gastar,
administrar,
cozinhar,
voar,
amar e ser...
ser muito feliz.

domingo, 27 de janeiro de 2013

1ª aula – 8º ano - 2013

Agora é pra valer, o ano começou. A temporada de férias acabou e a rotina já vai voltar ao normal. Este é o ano da Fé.
Nesta segunda-feira, 28 de janeiro, primeiro dia de aula, muitos param para refletir e pensar no que podem fazer melhor em suas vidas neste ano que se inicia. Para os cristãos católicos, esse é sempre um momento de renovar a fé.
Proclamado pelo Papa Bento XVI, o Ano da Fé foi iniciado no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Segundo o Papa, ele tem como objetivo “dar um renovado impulso à missão de toda a Igreja de conduzir os homens fora do deserto em que muitas vezes se encontram, rumo ao lugar da vida, a amizade com Cristo, que dá sua vida em plenitude”.
Quero começar este ano com uma oração de fé e otimismo:
Senhor abençoe este ano que se inicia. Proteja a mim e aos meus alunos de todo o mal. Que os nossos principais exercícios sejam o diálogo, a fé, o amor, a bondade e a esperança.
O Diálogo
É a ponte que liga as duas margens:
Eu - Tu
Transite-a bastante.
A Fé
É a bússola certa para os navios errantes, incertos, 
buscando as praias da eternidade. 
Faça uso dela.
O Amor
É a melhor música na partitura da Vida.
Sem ele, você será um eterno desafinado.
A Bondade
É a flor mais atraente do jardim de um coração bem cultivado. 
Plante flores.
A Esperança
É o vento bom enfunando as velas do nosso barco. 
Chame-o para o seu 
dia-a-dia.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Matematicamente falando: Os bons são a maioria


O texto abaixo faz parte das comemorações de 125 anos da Coca-Cola. É um manifesto a favor do otimismo. “Razões para acreditar. Os bons são maioria” foi o tema da campanha “Abra a Felicidade”, que propôs uma visão positiva da vida como contraponto ao negativo.
Muito lindo, vale a pena conferir!

OS BONS SÃO A MAIORIA
 

Para cada pessoa dizendo que tudo vai piorar, existem cem casais planejando ter filhos.
Para cada corrupto existem oito mil doadores de sangue.
Enquanto alguns destroem o meio ambiente, 98% das latinhas de alumínio já são recicladas no Brasil.
Para cada tanque fabricado no mundo, são feitos cento e trinta e um mil bichos de pelúcia.
Para cada religioso radical, há pelo menos 50 vezes mais “não religiosos” flexíveis.
Na Internet, a palavra amor tem mais resultados do que a palavra medo.
Para cada muro que existe no mundo, se colocam duzentos mil tapetes escritos “bem-vindo”.
Enquanto um cientista desenha uma nova arma, há um milhão de mães fazendo pastéis de chocolate. 
Para cada arma que se vende no mundo, vinte mil pessoas compartilham uma Coca-cola.

 
 
Existem razões para acreditar. 
 
 
Os bons são maioria. 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Oração da maçaneta - Gióia Júnior

Não há mais bela música que o ruído da maçaneta da porta quando meu filho volta para casa.
Volta da rua, da vasta noite, da madrugada de estranhas vozes, e o ruído da maçaneta e o gemer do trinco, o bater da porta que novamente se fecha, o tilintar inconfundível do molho de chaves são um doce acalanto, uma suave cantiga de ninar.
Só assim fecho os olhos, posso afinal dormir e descansar.
Oh! a longa espera, a negra ausência, as histórias de acidentes e assaltos que só a noite como ninguém sabe contar!
Oh! os presságios e os pesadelos, o eco dos passos nas calçadas, a voz dos bêbados na rua e o longo apito do guarda medindo a madrugada, e os cães uivando na distância e o grito lancinante da ambulância!
E o coração descompassado a pressentir e a martelar na arritmia do relógio do meu quarto esquadrinhando a noite e seus mistérios.
Nisso, na sala que se cala, estala a gargalhada jovem da maçaneta que canta a festiva cantiga do retorno. E sua voz engole a noite imensa com todos os ruídos secundários.
-Oh! os címbalos do trinco e os clarins da porta que se escancara e os guizos das muitas chaves que se abraçam e o festival dos passos que ganham a escada! Nem as vozes da orquestra e o tilintar de copos e a mansa canção da chuva no telhado podem sequer se comparar ao som da maçaneta que sorri quando meu filho volta.
Que ele retorne sempre são e salvo, marinheiro depois da tempestade a sorrir e a cantar. E que na porta a maçaneta cante a festiva canção do seu retorno que soa para mim como suave cantiga de ninar.
Só assim, só assim meu coração se aquieta, posso afinal dormir e descansar.